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Comisso Mineira de Folclore 3k4z1s



51 Semana de Folclore - 22/agosto e3773

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Detalhes da Reunio:
comentrios, sob a responsabilidade de Raimundo Nonato de Miranda Chaves - no pode ser entendido como ata da reunio - no seguem, necessariamente, a ordem cronolgica das ocorrncias.
Marco Llobus, dinmico e prestativo, agindo como mestre de cerimnia, convida para compor a mesa: presidente Jos Moreira, representante da Secretaria Estadual de Cultura, representante da Secretaria Municipal de Cultura de Vespasiano – MG, representante das manifestaes populares capito de terno de congado.
O presidente Moreira declara aberta a reunio da Assembleia Geral Ordinria da Comisso Mineira de Folclore (CMFl) e faz comentrios sobre o Carranca, edio N 3 de 2017, enquanto Marco Llobus distribui o boletim.
O Carranca apresenta, na pgina de abertura, sob o ttulo: Domingos Diniz: Sempre conosco, resumida relao das atividades exercida por Domingos Diniz ao longo da vida.
Domingos, professor, jornalista, escritor, poltico, presidiu a CMFl durante 3 mandatos e mais um como vice-presidente. Faleceu no dia 12/julho/2017 e deixou um vazio na CMFl onde era presidente de honra. Muito grande a afeio e o respeito que todos ns tnhamos por ele. Da a grande sensao de perda. Consola-nos o legado que ele deixou para a comisso inclusive, e principalmente, a continuidade de representantes de sua famlia incorporados ao corpo de associados:

O presidente Moreira, piedosamente, ajoelha-se e beija os ps da estampa do santo. Recebe a bandeira e percorre todo o salo apresentando-a a todos que quisessem beij-la. Maringela fez emocionante pronunciamento pelo que recebeu calorosos aplausos.



O boletim Carranca, edio N 3 deste ano, com muitas fotos e muitos artigos, apresenta dois temas, abordados pelo presidente Moreira, com muita profundiade e muita sabedoria, que nos convida a refletir:

  1. O Editorial sob o ttulo: Alguns Caminhos
    Um dos nossos maiores desafios se fixa na compreenso do emprego da palavra Justia.
    “Eu quero Justia”, ouvimos todos os dias ao assistir a televiso [...]
    Fica para ns da Comisso Mineira de Folclore a pergunta: Por que o movimento dos folcloristas no se dedicou com a mxima ateno a esse grande desafio dos costumes em nossas formaes sociais que se dizem modernas ou at ps-modernas?
    Nossa pergunta : Como esses valores pregados pela modernidade se incrustam no saber popular? tendo presente esses desafios que contrapomos trs temas das edies de n 28, 29 e 30 da Revista da Comisso Mineira de Folclore.

    • A de nmero 28 se valeu da metfora do pau de sebo, [...]
      O pau de sebo denuncia o mito do heri, do lder,do poder carismtico do chefe, do rei e de todo mando [...]
    • A revista de n 29 colocou em foco os “tipos populares urbanos” e defendeu a hiptese de que esses tipos “exticos” so apenas imagem invertida dos costumes fixados em hbitos dos valores maiores vigentes em determinada formao social e que esses tipos so plenamente reconhecidos nos lugares em que atuam como seres que desconhecem as condies de submisso ordem dos costumes vigentes [...]

    • Revista nmero 30 centra se no mundo das encenaes geradoras de fraudes no cotidiano [...]

  2. Moreira critica o movimento dos folcloristas: por que no se dedicou com a mxima ateno a esse grande desafio dos costumes? Ao mesmo tempo, mostra um caminho e uma atitude: Tres edies temticas da Revista Mineira de Folclore. Certamente, esta atitude isolada pode ser lembrada como a lenda do beija flor se esforando para apagar o incendio.
    Mas, um comeo e mostra uma alternativa de ao.


  3. Relatrio de atividades da gesto 2014-2017: Introduo
    Como segundo tema, Moreira relata pequeno histrico dos 70 anos da CMFl, dividido em trs momentos distintos:
    1. O primeiro momento, de 1948 a 1980, a CMFl sob a presidncia de Aires da Mata Machado. A CMFl vive uma ambiguidade constante de ser uma instituio paraestatal sem contar com apoio dos governos;

    2. O segundo momento se inicia com Saul Martins e se extende at o final da segunda istrao Domingos Diniz, 1980 a 1995. As comisses estaduais de folclore, aparentemente, se desligam dos aparelhos do Estado.

    3. O terceiro momento, a partir de 1995, cuja marca abrigar e incorporar todas as ambiguidades da Comisso Mineira de Folclore, seja como instituio do Terceiro Setor, seja como assessora aos govenos no que se refere s politicas pblicas focadas na cultura popular.


    Moreira termina a introduo
    O presente relatrio se apresenta sob esses dois aspectos:
    1. Como garantir um espao duradouro que garanta a prestao de servios de intersse pblico da Comisso Mineira de Folclore.

    2. Como garantir que a Comisso Mineira de Folclore possa prestar servios populao do Estado de Minas Gerais, tendo em vista a ateno constante aos saber viver e os estudos desenvolvidos pelos folcloristas sobre saber viver.


Moreira coloca duas questes: "como garantir espao duradouro, como garantir prestao de servios populao". importante, mais do que isto, fundamental refletir sobre ambas. O modelo atual da CMFl, enquanto instituio, deve ser pensado e discutido. Declarar independencia do poder pblico sem forma efetiva de sustentao , no mnimo temerrio.
No se pode esquecer da preocupao de Renato Almeida: colocar o movimento folclorico no centro de poder. Criou-se a Comisso Nacional de Folclore ligada ao Itamaraty e UNESCO, atravs do IBECC. Ele queria visibilidade e a obteve: A primeira Semana Brasileira de Folclore foi realizada no Ministrio da Educao porque era organizada por equipe do IBECC. Ainda, com o comparecimento de personalidades como Gilberto Freire. O primeiro Congresso Brasileiro de Folcore, realizado no Itamaraty, presidido pelo Ministro do Exterior, com festa na Quinta da Boa Vista e a presena do ento Presidente da Repblica; Getulio Vargas. Tudo isso obtido graas ao guarda chuva do Itamaraty.
A busca pela centralidade conduziu instituio de agncias como a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, atual Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular - CNF, criado em 1958. O CNF ligado ao IPHAN, desde 2003 "denvolve e executa progoramas e projetos de estudos, pesquisas, documentao, difuso e fomento de expresses dos saberes e fazeres do povo brasileiro."

Observando, agora, do ponto de vista do Estado, com todo este aparato: a estrutura do CNF acrescida de Ministrio da Cultura, das Secrearias de Estado da Cultura, das Secretarias Municipais de Cultura e mais IPHAN e IEPHA pergunta-se onde ficam, como ficam as comisses estaduais de cultura e a prpria CNF? Chego a pensar na CMFl "batendo em ferro frio" assemelhando-se figura citada por Moreira quando analisa Tipos Polulares na Revista da Comisso N 29: "Sou ano, por isso sou necessariamente o primeiro da fila nas procisses".



Moreira continua comentando o relatrio de atividades, resultado de seu arduo trabalho frente da Comisso Mineira de Folclore durante seis anos. Registro os aplausos pelo excelente trabalho e saliento resumidamente alguns tpicos que no foram detalhados no relatrio:

  1. Publicaes:
    so seis edies da Revista da Comisso Mineira de Folclore, incluindo uma edio inteiramente a cores, outra com fotos em cores e algumas com duas e at tres centensas de pginas - periodicidade anual; so 23 edies do boletim Carranca - periodicidade trimestral, impressos no formato A3 com o mnimo de 28 pginas. Esta regularidade nunca fora atingida antes

  2. Recursos financeiros:
    de convenios com rgos estaduais no valor de R$40.000,00 e outro, no valor de R$90.000,00 liberado depois da confeco deste relatrio e mais todos os recursos que vm sendo acumulados de doaes e anuidades dos associados, com valor prximo de R$34.000,00. As despesas com edio, correios e eventuais viagens foram custeadas com doao do presidente num total de R$9.487,77 correspondendo a 89% das doaes de associados no perodo.

  3. Corpo de associados:
    Moreira, certamente, duplicou o nmero de associados efetivos da CMFl. Na foto ao lado os primeiros itidos por Moreira, fevereiro de 2012.
    O grupo de associados itidos em agosto de 2016, dentre eles alguns que vm se destacando pela operosidade e pela dedicao ver fotos...
    Os mais novos, itidos em agosto de 2017, incluindo associados efetivos e colaboradores ver fotos ...

  4. Dedicao, competncia e disposio: O presidente Moreira dedica-se inteiramente causa da Comisso, cuidando do patrimnio, haja vista o esforo para a recuperao do Museu Saul Martins, a busca pelo estreitamento de relaes com rgos do poder pblico, com lideres de manifestaes populares, com organizaes da sociedade civil, novos relacionamentos com intelectuais, muitos deles, se tornaram associados da CMFl. Moreira tem disposio para viagens e realizou muitas delas, na regio metropolitana: Lapinha, Vespasiano, Santa Luzia e viagens mais longas: Poos de Caldas, Gouveia, Patos de Minas, Conceio do Mato Dentro, participando de reunies dos Povos do Espinhao, apoiando lanamentos de livros por associados da CMFl, participando de imerses, de reunies de grupos de congado, de capoeira e de Folia de Reis.



Importante item: Eleio e posse de nova diretoria da CMFl foi retirado da pauta. Ninguem se candidatou presidncia da CMFL. A Assembleia, ento, prorrogou at feveriro de 2018 o mandato da atual diretoria.
Explicao necessria:
A CMFl uma instituio septuagenria, reconhecida e irada pela sua histria, pelo seu acervo, pelo trabalho que produziu e pelo patrimnio intelectual. Presidir tal instituio honroso, mas tambm exigente em competncia, responsabilidade e dedicao. importante lembrar-se do trabalho realizado pelos ex-presidentes, muitos deles reconduzidos para continuar na funo, e, todos foram eficazes na sua gesto. Todavia, o corpo de associados dispe de quadros preparados e capazes de presidir a CMFl, mantendo a instituio no status atual, possivelmente, fazendo-a crescer, porque a situao atual da CMFl possibilita o crescimento. A pergunta que no quer se calar: Por que ningum se candidatou? Afinal estamos num pais onde todos querem ser presidentes de alguma coisa.
Moreira, atual presidente, est impedido de continuar. O Regimento Interno art. 16 1 o impede. Alguns associados, consultados e incentivados a aceitar o compromisso, em geral, sentem a ferroada da mosca azul, mas consideram o trabalho que vem sendo realizado por Moreira, ao longo de seis anos, e consideram que “no se meche em time que est ganhando”. Consideram, tambm, que Moreira saneou a CMFL, conseguiu recursos financeiros, fez crescer o corpo de associados incrementando, substancialmente, a capacidade de produo intelectual, estabeleceu relacionamentos importantes. Muito disto tudo foi conseguido no apagar das luzes da gesto. Portanto, importante que o prprio Moreia continue at para terminar a implantao do seu projeto. H impedimento legal para a continuidade de Moreira, mas isto facilmente contornvel. A Assembleia o poder maior da instituio e pode mudar o regimento quando e como desejar. Haja vista que a Assembleia autorizou, sem discusso, a prorrogao do mandato da diretoria e conselho atuais.



Em ambiente alegre procedeu-se cerimonia de recebimento dos novos associados. Marcos Llobus cuidou de chamar cada um ao palco, al, o convidado recebeu os cumprimentos de boas vindas, assinou o termo de compromisso, recebeu, do presidente Jos Moreira, o certificado de associado da CMFl e fez ligeiro pronunciamento. Cpias dos certificados esto disponiveis:

  1. dos associados efetivos;
  2. dos associados colaboradores;
  3. as fotos

A festa no acabou, ainda tinhamos a surpresa, coisa de Ione Amaral.
Ione, com seu caracteristico dinamismo, trouxe de Vespasiano Capites de ternos de Congado que ofereceram presentes Comisso Mineira de Folclore.
Momentos de emoo! Estes presentes: roupas, apetrechos usados em desfiles, fotografias de dsfiles foram acrescentados a dois outros presentes j recebidos pelo presidente Moreira: A bandeira de So Francisco, trazida por Maringela Diniz e a Carranca, trazida por Fabiane Ribeiro Santos, ambas associadas, recm-itidas e ambas de Pirapora.



Finalmente, a mesa de salgadinhos e doces formada com a contribuio de associados. Apreciei farofa e rapadura batida, no velho e bom estilo do serto. Moreira trouxe deliciosas coxinhas que mostraram a habilidade culinria da primeira dama, a professora Adlia, mas desconfio que Moreira, no estilo das redes sociais, est mais para "salame" do que para "coxinha". Elogivel a rapidez e eficiencia de Dad Diniz e Elieth Amlia, em um instante limparam, dobraram toalhas, varreram, transportaram mesas e cadeiras, bateram uma mo na outra, tudo terminado, limpo e higenizado. Eta turma eficiente s!